Tudo que se marchava em cotidiano
A mesmice de repetidas ações embrutecidas
A endurecida estrutura de um real
O apego pelo mesmos casulos
Tudo se desmorona numa pausa de um café
Êta freio bom!
Se a pausa é combinada a dois
Melhor a chance de ser o que se é
Pois se é, sendo o outro
Sendo o próprio café
Borra que me desenha num futuro
Dizendo que o café é um pretexto
E o que vale é o parceiro
E seu cheiro que se entrelaça com o que se é
Cheiro de café
Nos comande por palavras
Que não sei o que é
O que sou e quem o é
No momento que a descoberta
Que dois em café é humano amando o que se é
Chega alguém e apresenta
A conta da padaria do Zé